Os representantes da terceira geração da família Poças, os netos do fundador da empresa, Manuel, Jorge e Acácio. - clique nas setas para ver mais imagens.
(Fotografia de Pedro Granadeiro/Global Imagens)
O arranque do próximo centenário da empresa está nas mãos de Pedro, Jorge, Paulo e Maria Manuel, a quarta geração da família Poças. (Fotografia de Pedro Granadeiro/Global Imagens)
Em 2017 o negócio da Poças faturou 7,1 milhões de euros. Também em 2017 exportou 450 mil garrafas de vinho DOC Douro e 1,2 milhões de garrafas de vinho do Porto. (Fotografia Pedro Granadeiro)
Manuel Poças Pintão, 81 anos, queria ser diplomata para tristeza do seu avô. Mas, conta, aos 15 anos quando começou a trabalhar na casa Poças desistiu logo da ideia da carreira diplomática. (Fotografia de Pedro Granadeiro/Global Imagens)
Entrada das caves da Poças em Vila Nova de Gaia. (Fotografia Pedro Granadeiro)
Nos armazéns da Poças estão dois milhões de litros de vinho do Porto. (Fotografia Pedro Granadeiro)
São milhares os turistas que por anos são recebidos pela Poças nas suas caves abertas ao público. (Fotografia Pedro Granadeiro)
Os antigos armazéns da Poças em Vila Nova de Gaia. (Fotografia Arquivo Poças)
Cartaz publicitário a anunciar os vinhos da Poças
Cartaz "Teresinha" da Casa Poças
«Sempre servidos nos lugares de distinção», cartaz publicitário dos vinhos da Poças.
Fundada em 1918, a empresa passou por várias mudanças, tal como o negócio do vinho do Porto. (Fotografia Arquivo Família Poças).
Na foto, da esquerda para a direita: Teresa Poças, Joaquim Pintão, Cacilda Poças, Maria Reis e Manoel Poças. (Fotografia Arquivo Poças)
Há 75 anos, a família reniu-se para comemorar as Bodas de Prata da Poças (Fotografia do Arquivo Família Poças)
Foto de 2012 com as várias gerações da família Poças (Fotografia Arquivo Poças)
O lagar da Poças fica na Quinta das Quartas perto de Peso da Régua em pleno Douro. (Fotografia Pedro Granadeiro)
As reuniões familiares dos Poças são frequentes e cultivas entre as gerações mais novas. (Fotografia Maria João Gala)
Acácio Poças Maia (de pé) lembra-se de ver o avô deitar um copo de vinho na sopa. (Fotografia Maria João Gala)
Jorge Poças Pintão (sentado) recorda as rabanadas de vinho do Porto na infância. (Fotografia Maria João Gala)
Quase todos os fins-de-semana as várias gerações dos Poças reúne-se na casa de família em Vila Nova de Gaia (Fotografia Maria João Gala)
Árvore genealógica dos filhos da 1ª geração da família Poças.
Um século de vida é assunto para mais do que uma geração. Desde 1918, a família Poças detém a empresa com o mesmo nome e é hoje o único grande produtor de vinhos do Porto e Douro cem por cento português – com todos os ramos da família representados no negócio. E eles garantem que estão prontos para mais cem anos.

Texto de Fernando Melo
Criou‑se a evidência, logo desde o primeiro instante, de que os destinos da família passariam pelo vinho do Porto. O arranque deu‑se com o negócio da aguardente, para o fornecimento aos exportadores, ideia de Manoel Domingues Poças Júnior (1888), fundador da empresa, em 1918, e avô dos três atuais representantes da terceira geração – o cargo tinha, então, a designação formal de comissário das aguardentes.
Pouco tempo depois da Primeira Guerra Mundial, Manoel Domingues viria a dedicar‑se ele próprio à exportação de vinho do Porto. «O nosso avô era uma pessoa especial,
tratávamo‑lo por padrinho», recorda Acácio, com um sorriso que se comunica aos primos Manuel e Jorge. «Dizia que não tinha netos, que não tinha ainda idade para ser
avô.» Nasceram todos na mesma casa, que era várias casas numa só, comunicando apenas pelo pátio. «Não havia portas interiores comunicantes.»
O fundador teve duas filhas – não houve varão – Cacilda (1913) e Maria Teresa (1915), que se casaram, respetivamente com Joaquim Maria Pintão Júnior, alentejano de Alter do
Chão, e Acácio Ribeiro Maia, comerciante de tecidos com casa estabelecida no Porto. A sucessão por via feminina está por isso na génese da família Poças, assim como sentimento de clã.
Conheça a história da família Poças, na primeira edição da revista DN Ócio, nas bancas a partir de 1 de julho.