
É nos 160 hectares das Herdades do Monte da Ribeira e da Herdadinha, na Vidigueira e Reguengos de Monsaraz, que a família Leal da Costa diz ter produzido um «vinho premium verdadeiramente extraordinário». O ‘Conde d’ Ervideira – 2 barricas’ tem uma edição limitada de 300 exemplares. Cerca de uma centena já foi vendida a clientes na China, no Brasil, Luxemburgo e, claro, em Portugal.
Texto de Patrícia Tadeia
«Este vinho é o objetivo de qualquer produtor: produzir algo de verdadeiramente extraordinário», começa por dizer Duarte Leal da Costa, diretor executivo da Ervideira. «A concentração, o volume, a cor, o aroma… É um vinho que consegue reunir só nestas 300 garrafas tudo o que um produtor quer atingir nos seus vinhos. É premium exatamente por isso, é verdadeiramente único pela sua cor, concentração de aromas, complexidade, pelo seu aveludado, pelas notas de perfume, de alecrim», acrescenta.
O vinho ‘Conde d’ Ervideira – 2 barricas’, à venda por 450 euros, resulta de uma ideia com alguns anos, e que contou claro com a ajuda de Nelson Rolo, enólogo da casa há muitos anos. O objetivo era fazer um vinho premium, em que a quantidade não interessasse, mas sim a qualidade. «E por isso reunimos nas duas melhores barricas uma quantidade minimamente significativa de vinho para esta produção», recorda. E como é tão especial, o vinho é vendido numa caixa de luxo, uma caixa feita em madeira de carvalho de cerejeira, uma caixa exclusiva e numerada, fabricada em Portugal.
«É um vinho que consegue reunir só nestas 300 garrafas tudo o que um produtor quer atingir nos seus vinhos.»
Das 300 garrafas, cem já foram vendidas. Aliás, a Ervideira já tinha pré-reservas desde junho, sendo que está agora a proceder às entregas. «Como todas as garrafas e caixas estão numeradas, há quem encomende determinado número. Por exemplo, para a China, vou enviar os números 88, 188 e 288 [O 8 é visto como um número auspicioso na China]. Mas também guardámos para a Ervideira as cinco primeiras garrafas», confessa.
A família Leal da Costa é descendente direta do Conde D’ Ervideira, agricultor de sucesso dos séc. XIX e XX. A empresa já vai na quarta geração, tendo sido fundada pelo bisavô de Duarte. «Todos os novos produtores que entram no mercado dizem que entram no mercado para produzir o melhor vinho do mundo. Nunca dissemos isso porque respeitamos todos os outros que estão no mercado há muitos anos e que todos eles tentam fazer o melhor que sabem. E atingir um patamar alto. Mas este vinho já é um patamar muito alto, é um patamar a que todos os produtores ansiariam chegar. É um vinho que tem um patamar de qualidade que não vamos atingir todos os anos, apenas o faremos em anos verdadeiramente excecionais», conclui Duarte.