Conversa solta, com os pés em Lisboa, o gravador ligado enquanto passam carros e pessoas, em várias camadas de sons. Rodrigo Leão em conversa franca, antes de seguir para outros afazeres – e, quem sabe, levar esta entrevista para uma música.
Entrevista de Marina Almeida/ Fotografias de Reinaldo Rodrigues (Global Imagens)
O músico português fez uma banda sonora para o cérebro. A porta de entrada da exposição Cérebro – Mais Vasto do Que o Céu, na Fundação Calouste Gulbenkian (inaugura-se no dia 16), faz-se ao som da sua música, sobre imagens produzidas digitalmente pelo neurocientista e artista norte-americano Greg Dunn na instalação vídeo Self Reflected. Falámos com Rodrigo Leão sobre este projeto e de como acabou por fazer um disco sobre o cérebro com alguns temas que nasceram da leitura das suas próprias emoções, num desafio do comissário da exposição, o cientista Rui Oliveira.
Porque é que a Maria João, que é a minha sogra e tem 81 anos, chora sempre que ouve as suas músicas?
(Risos). Não sei. Se calhar porque a minha música tem um lado romântico que está muito presente. Se calhar porque eu sou um autodidata e as coisas que faço são muito simples. Às vezes são mais elaboradas, como os arranjos para orquestra, e tenho pessoas que me ajudam a concretizar essas ideias, mas é uma música simples. Acho que provoca muitas vezes essas emoções ou esses estados de espírito que não têm necessariamente que ser tristes. Podem fazer uma pessoa chorar e ser bom. A música tem essa capacidade de provocar reações muito diferentes.
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